sábado, agosto 16, 2008

Reencarnação

Saiu apressada do quarto dele. Desta vez, havia demorado mais do que o planeado, que podia fazer? Aquele tipo de coisa não se planeava. O palácio parecia silencioso, nem uma alma-viva se ouvia.

Contudo, sentia-se observada!

Sabia que a corte falava nas suas costas a cerca das visitas ao futuro rei e pelo que lhe haviam dito nem a rainha nem o rei apreciavam aquele falatória ou as visitas.

Mas, não, sentia-se realmente observada! Alguém se aproximava, sentia-o, quase que o ouvia. Mas quando olhava, nada via. Já agarrava no vestido para que pudesse andar mais depressa de modo a chegar aos seus aposentos. Quando ia, finalmente, a sair do corredor que dava passagem ao quarto do príncipe, olhou rapidamente para trás para verificar que ninguém a seguia. Mas, quando virou a cabeça para a posição inicial, deparou-se com o seu pesadelo. Um homem, que já vira na conversa com o rei, trespassava-lhe o peito com um punhal, enquanto a olhava nos olhos. Não fora justo para com ela, apunhalara-a perto do seio direito, contrário ao coração. Agora, agonizava, o seu assassíno desaparecia.

Bem, esta historiazinha não apareceu bem do nada. Estava eu a ler sobre reencarnação na net, quando num dos sites diz que, por vezes, no corpo em que reencarnamos existem marcas físicas da nossa vida passada. Então, juntei o facto de ter uma marca de nascença no local em que a personagem foi apunhalada e o de que, quando saio do meu prédio, olhar frenecticamente para trás e depois para a frente. Tchan-nham!

domingo, maio 11, 2008

Come what may

Never knew I could feel like this
Like I've never seen the sky before
I want to vanish inside your kiss
Every day I'm loving you more and more
Listen to my heart, can you hear it sing?
Telling me to give you everything
Seasons may change, winter to spring
But I love you until the end of time


Come what may
Come what may
I will love you until my dying day


Suddenly the world seems such a perfect place
Suddenly it moves with such a perfect grace
Suddenly my life doesn't seem such a waste
It all revolves around you
And there's no mountain too high
No river too wide
Sing out this song and I'll be there by your side
Storm clouds may gather
And stars may collide
But I love you until the end of time


Come what may
Come what may
I will love you until my dying day


Oh, come what may, come what may
I will love you, I will love you


Come what may
Come what may
I will love you until my dying day



Moulin Rouge

quarta-feira, maio 07, 2008

Se eu fosse...


Se eu fosse outro alguém, que não eu
Seria livre e voaria.
O Paraíso atingiria
E de lá não partiria.

Alegrias e tristezas,
Amores e desgostos,
Tudo isso esqueceria
E não mais sofria.

Seria uma pomba e voaria
A paz perseguia,
Da entropia constante da vida, fugia.
Pelo vento me guiaria
Ao seu sabor naufragaria

Sem temores viveria,
O vento prevaleceria
E nada mais me impediria
De ter o que queria.

Fugiria, de certas constantes da vida.
De expectativas, desamores, pressão e desilusão,
Por certo fugiria
E em meu paraíso, não existiriam.

Mas algo prevaleceria,
A liberdade de ser e de não ser
De poder escolher o que ter
De poder escolher quem quiser.



PS: Isto foi para Português...

domingo, abril 06, 2008

Ilusões


Ilusões toldaram minha visão
Ilusões toldaram minha percepção.
Custa a crer que fossem ilusões,
Mas tudo o que tenho, agora, são desilusões


Clones atrás de clones
Atitude esmorecida
De verdadeiro, nada têm!
Cada vez mais semelhantes se tornam.
Magoam as pessoas
Pensam que os outros estão errados
Problema deles, pensam eles
Mas os problemas nunca são só de alguém
Mas também de outrém!

sábado, março 29, 2008

Expectativas

Expectativas,
baixas ou altas são expectativas
E em torno delas se vive
e simultaneamente nada se vive

Corresponder ao desejo de alguém
sem corresponder ao de ninguém
Agir e falar
não agir e não falar
Pensando em outrém

Tentar agradar
e tentar impressionar
Pouco valor tem

Viver por outros
Viver segundo outros
De viver nada tem

Fazer regras
e viver segundo elas
De fácil, nada tem
Mas muita coragem contém.

quinta-feira, março 13, 2008

Acabei de escrever outro poema e tenho de admitir que gosto muito mais deste!


Por vezes, tudo queres dizer
mas não há nada a dizer
Tudo queres fazer
mas não há nada a fazer
Tudo queres sentir
mas não há nada a sentir
Tudo queres ser
mas não há nada a ser.

Aprender, temos
E reconhecer
Que tudo e nada
Não podemos ser.

Coração Roubado

Tipo não gosto tanto deste poema, mas aqui vai:

Coração apaixonado
Nada é mais que roubado
Roubado e encarcerado.

Em sua condição se mantém
Libertado não é por ninguém.
Fiel a seu dono se mantém
E apenas a esse alguém.





Muito simples!